O aborto
O aborto

O que a Igreja Católica diz a respeito do aborto?

Para tratarmos deste tema com a profundidade e a seriedade que ele realmente merece, penso que, em primeiro lugar, é importante que se diga que assim como os biólogos, a Igreja Católica também reconhece que existe vida sim desde o primeiro dia de fecundação.

Na visão da biologia (ciência que estuda a vida), uma nova vida humana começa no exato momento em que as informações conduzidas pelo espermatozóide se reúnem com as informações conduzidas pelo ovócito. Para os biólogos, neste exato momento é determinado o patrimônio genético de uma pessoa, inclusive o seu sexo. Aqui não se trata de uma teoria, mas sim de um primeiro estágio de desenvolvimento de alguém que um dia terá um nome assim como eu, assim como você; porém, naquele momento, este ser já está vivo, mas ainda não está plenamente desenvolvido.

O zigoto é o primeiro estágio do embrião, onde se reúnem 23 cromossomos da mãe e os 23 cromossomos do pai. O seu tamanho é de 0,15 milímetros. Com 24 horas, o embrião já começa a se dividir, ou seja, já não é mais uma célula, mas duas que com o tempo irão se multiplicando e assim, pouco a pouco, vão manifestando mais e mais a nova vida. Com 48 horas, após a concepção, já existem 4 células e com 72 horas, temos 8 células. Tudo vai acontecendo de forma bem ordenada (aliás, como é bonito ver como as coisas criadas por Deus são muito bem coordenadas). Após 4 dias de concepção, o nascituro já está do tamanho de uma pequena amora e entre o 5º e 7º dia ocorre a nidição no útero materno! Nidição é o processo pelo qual o óvulo se implanta, ou seja, se fixa, no endométrio – membrana mucosa que reveste a parede uterina, dentro do útero! Com 21 dias, por meio da ecografia o coração do embrião já pode ser ouvido. Com dois meses, já é possível distinguir os dedos, a boca, o nariz, as orelhas, os olhos e até as pálpebras do bebê! No terceiro mês de gravidez a ciência já não chama mais aquele ser humano de embrião, mas de feto. Daqui por diante o feto pode mexer as mãos e já podemos inclusive saber o seu sexo!

Tudo isso foi preciso ser dito para que possamos entender que o embrião é sim um organismo vivo; um ser vivo; um ser humano em potencial; em pleno desenvolvimento desde o momento de sua concepção. Ou seja, este pequeno ser, mesmo em seu primeiro dia de vida, já é dotado de um patrimônio genético humano, porém, totalmente indefeso e frágil. Assim sendo, a Igreja Católica que se preocupa com a vida, também se preocupa com estas frágeis vidas humanas que estão em desenvolvimento no útero; no ventre materno! Será que estas vidas não tem o direito de serem defendidas? Será que estas vidas não tem o direito de serem trazidas ao mundo sãs e salvas?

 

Mas, o que é o aborto?

Entende-se por aborto, a morte do embrião ou do feto durante o seu desenvolvimento uterino. Aqui quero chamar a atenção para o fato de que, atualmente, este polêmico assunto tem recebido diversas outras nomenclaturas; muitas delas com o objetivo de “mascarar” o seu real significado de atrocidade. Hoje em dia, ao invés da palavra aborto, muitos tem usado o termo “interrupção de gravidez”, como se isso mudasse alguma coisa. O que acontece é que, na visão daqueles que defendem esta prática bárbara e criminosa, o termo “interrupção de gravidez” causa bem menos impacto do que o uso da palavra aborto! Fato é que, quem interrompe a gravidez, realiza o mesmo ato de quem pratica o aborto, ou seja, mata o embrião ou o feto, que como vimos, já tem vida desde o momento de sua concepção!

 

Posição da Igreja Católica

A Igreja católica foi, é, e sempre haverá de ser totalmente contrária ao aborto, pois o cristão de verdade é chamado a defender a vida em todas as suas etapas. A Didaché, texto do século I, atribuído aos Apóstolos, considerado o primeiro catecismo da Igreja Católica, traz consigo o seguinte ensinamento: “não matarás o fruto do ventre por aborto, e não farás perecer a criança já nascida” (Didaché 2,2). Barnabé, o grande companheiro de São Paulo Apóstolo, na Epístola cuja autoria lhe é atribuída e que não está incluída nos livros canônicos da Bíblia, também afirma a absoluta ilegalidade moral da prática do aborto. O mesmo aparece na Carta escrita a Diogneto, um documento cristão datado do século II.

É muito importante dizer que a Igreja Católica também compreende que além do seu próprio ponto de vista, ela (a Igreja) está inserida em uma sociedade plural, e por isso, tem total consciência que cada povo (cada nação) tem suas próprias leis. Em alguns países o aborto é permitido; em outros, o aborto é permitido de forma parcial e existem alguns países que o aborto é totalmente proibido. Apesar dessa diversidade de posicionamento sobre o aborto entre as nações, a Igreja Católica tem posicionamento único, independente das regras de cada país. Vale lembrar que nem sempre aquilo que é legalmente aceito é moralmente válido ou lícito!

O Catecismo da Igreja Católica (número 2.270) ensina que: “A vida humana deve ser respeitada e protegida de maneira absoluta a partir do momento da concepção. Desde o primeiro momento de sua existência, o ser humano deve ver reconhecidos os seus direitos de pessoa, entre os quais o direito inviolável de todo ser inocente à vida”. “Antes mesmo de te formares no seio materno, eu te conheci; antes que saísses do ventre de sua mãe, eu te consagrei”, diz o Senhor em Jeremias (1,5)!

Não poderia deixar de dizer que é claro que a Igreja Católica não vira as costas para quem comete o aborto, da mesma forma que não rejeita a nenhum pecador. No entanto sabemos que uma coisa é o pecador (que deve ser reconduzido ao rebanho, especialmente, por meio do sacramento da reconciliação, em caso de profundo arrependimento e reta intenção de jamais voltar a fazer isso) e outra coisa é o pecado (que deve ser totalmente abandonado).

Concluindo, conforme pudemos perceber, desde os seus primórdios (século I), a Igreja Católica afirmou a maldade moral de todo aborto provocado; e este ensinamento, jamais mudou. O aborto direto, ou seja, o aborto querido como um fim ou como um meio, é gravemente contrário não somente às leis de Deus, mas, inclusive, à lei moral que recomenda: “não matarás o embrião por aborto e não farás perecer o recém-nascido”! Em resumo, isso tudo é o que a Igreja Católica pensa e defende sobre este assunto tão polêmico que é o aborto! Agora, o que eu particularmente acho o mais interessante de tudo neste assunto do aborto é notar que todos aqueles que são favoráveis, são defensores desta prática cruel e bárbara que é o aborto, todos eles estão vivos. Curiosamente, nenhum deles acabou sendo abortado pela própria mãe. Será que eles gostariam de terem sido abortados? Eis a pergunta que não quer calar!

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